DISPOSOFOBIA: A FUNÇÃO EXISTENCIAL DE ACUMULAR

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DISPOSOFOBIA: A FUNÇÃO EXISTENCIAL DE ACUMULAR"

Transcrição

1 DISPOSOFOBIA: A FUNÇÃO EXISTENCIAL DE ACUMULAR Giselle Luciane de Almeida Acadêmica de Psicologia para contato: gisellebv@gmail.com Msc. Heloísa Helena Silva de Pontes Psicóloga - professora da Faculdade Cathedral RESUMO O presente artigo propõe discutir as causas que levam o indivíduo a acumular objetos, disposofobia, ou seja, medo de jogar fora. O ato de comprar ou juntar objetos de forma compulsiva e desordenada pode trazer riscos à vida do acumulador, uma vez que o ambiente em que vive torna-se sujo, insalubre, intransitável e ainda há a possibilidade de desabamento, incêndio e proliferação de pragas e doenças, gerando problemas de saúde pública. O objetivo deste artigo é elucidar a função existencial de acumular. Os acumuladores compulsivos costumam desenvolver um vínculo afetivo com seus objetos, como se estes fizessem parte deles, tornando o ato de se desfazer de suas coisas uma tarefa muito difícil. A presente pesquisa foi desenvolvida a partir de livros, artigos científicos, pesquisas na internet e programa de televisão, já que se trata de assunto ainda pouco abordado e estudado no Brasil. Neste trabalho discutiremos as causas do acúmulo compulsivo, bem como seu tratamento, através da aplicação de técnicas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a importância de acompanhamento psicológico. Palavras-Chave: Disposofobia; Acumulação Compulsiva; Acumuladores; Compulsão; Obsessão; Terapia Cognitivo-Comportamental. ABSTRACT This article aims to discuss causation that leads the individual to accumulate objects, exhibit fearful behavior in disposing of items, or compulsive hoarding. The consumption of goods in a compulsive and disordered manner can carry risks to a patient s life, since the environment they live in becomes dirty, unhealthy, impassable and there is also the possibility of collapse, fire, pest proliferation and diseases, causing public health issues. The objective of this article is to elucidate the existential function of accumulating goods. Compulsive hoarders often develop an emotional bond with their objects, as if they were part of them, which makes the process of disposing such items a very difficult task. Since the subject has not been extensively studied in Brazil, research was derived from books, journal articles, internet research and television shows. In this paper we discuss the causes of compulsive hoarding as well as its treatment, by applying techniques of Cognitive- Behavioral Therapy (CBT) and the importance of psychological counseling. Keywords: Disposophobia, Compulsive Hoarding; Hoarders; Compulsion; Obsession; Cognitive- Behavioral Therapy. INTRODUÇÃO

2 Síndrome de Miséria Senil ou Síndrome de Diógenes são nomes que designam a acumulação compulsiva ou disposofobia. Tal relação se dá por causa de Diógenes de Sinope, filósofo grego que vivia como um mendigo, dormia num barril e recolhia da rua inúmeros objetos sem valor. Essa perturbação interfere nas tarefas mínimas diárias, como a alimentação do idoso, a maneira de ele se vestir e sua higiene pessoal. Geralmente os pacientes vivem em condições anti-higiênicas, são deprimidos, por vezes incapazes de cuidar de si próprios e acabam ficando doentes (CUIDAMOS.COM, 2014). As páginas que iniciam o livro Garbology: our dirty love affair with trash descrevem com clareza a visão geral da casa de um acumulador compulsivo de setenta de seis anos. Humes (2012) relata que havia vários destroços amontoados por anos, até toda superfície da casa ser coberta por camadas de jornais velhos, vasilhas de plástico vazias, pedaços de móveis quebrados, refrigeradores desgastados, milhares de garrafas pet, latas de todos os tamanhos, roupas velhas e novas, lâmpadas quebradas, e dentre outros objetos, até sacos de lixo cheios de detritos da vida diária. É comum ouvir falar de pessoas que acumulam desde objetos e animais até lixo. Eles próprios têm vergonha dessa situação e os familiares não suportam viver no ambiente. Por esse motivo, isolam-se, o que torna difícil ajudá-los. Tal problema pode ocorrer em virtude de acúmulo de dívidas, acidente em casa, incêndio, queda, sofrimento, depressão ou ansiedade muito grande (SILVA, 2013). O presente artigo tem o intuito de fornecer informações sobre a disposofobia: diagnóstico, aspectos psicológicos, tratamento e problemas acerca da acumulação compulsiva. DISPOSOFOBIA Conforme a base de dados de neologismos da Universidade The Rice (2010), o termo disposofobia significa acumulação compulsiva, ou seja, incapacidade de livrar-se de qualquer coisa que se possui. Disposable, em inglês, significa descartar e fobia significa medo. Portanto, a combinação destas palavras designa o medo de se livrar das coisas.

3 Colecionador de lixo é o apelido por vezes recebido pelo acumulador compulsivo extremo, já que reúne artigos que causam mau cheiro, e estes atraem insetos e roedores. Segundo o artigo de Cuidamos.com (2014), essa pessoa também poderá juntar livros, revistas, ferramentas, recipientes, metais, móveis, eletrodomésticos, entre outros materiais, correspondendo à imagem dos sem-abrigo que juntam todo o tipo de velharias. De acordo Tolin et al. (2012), os acumuladores têm muita dificuldade de avaliar o valor dos itens que possuem: a região do cérebro associada com a monitoração de erros em condições duvidosas é ativada quando acumuladores são perguntados sobre jogar fora seus objetos. Fazzio (2013) explica que o entulho, na visão do acumulador, não é lixo, é a riqueza de sua vida. A acumulação compulsiva é uma doença crônica e progressiva que inicia cedo na vida. Se não for tratada, sua gravidade aumenta com a idade. Infelizmente, o acúmulo compulsivo é reconhecido e tratado em adultos idosos [...]. Embora os sintomas de acumulação compulsiva sejam inicialmente relatados na meia-idade, as causas são consideradas na infância ou na adolescência. Nenhum indivíduo relatou o início da acumulação compulsiva tardiamente. A acumulação compulsiva torna-se mais severa e aumenta a cada década de vida. (AYERS et al., 2010, p.1). OBSESSÃO E COMPULSÃO Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, apego exagerado a um sentimento ou a uma ideia desarrazoada ou motivação irresistível para realizar um ato irracional conceituam obsessão, sinônimo de compulsão, a qual também pode ser caracterizada como imposição interna irresistível que leva o indivíduo a realizar determinado ato ou a comportar-se de determinada maneira. Obsessões são ideias, pensamentos, fantasias ou imagens persistentes que surgem de forma recorrente, invadindo a consciência e provocando sentimento de angústia. A compulsão é caracterizada por comportamentos e rituais repetitivos, ações em resposta aos pensamentos obsessivos. O indivíduo obsessivo-compulsivo é submetido a pressões internas que o obrigam a praticar rituais compulsivos (DALGALARRONDO, 2008). Acumular objetos, para Modenese (2011), é um fenômeno complexo que pode acontecer isoladamente. No entanto, pode ser associado a diversas condições psiquiátricas, como o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), embora seja mais comum que o acúmulo esteja associado apenas às obsessões e compulsões.

4 De acordo com Fazzio (2013), a acumulação compulsiva é um subtipo do TOC que atinge 5% da população mundial. DIAGNÓSTICO Segundo Lima (2011), há uma linha tênue entre os estilos acumulador e colecionador, pois o colecionador, embora compulsivo para adquirir itens colecionáveis, tende à organização dos objetos, calcula espaço e valores. Os acumuladores são incapazes de organizar seu espaço de convivência, pois perderam o autocontrole para adquirir ou não se desfazer das coisas, que na verdade são investimentos simbólicos alheios à consciência. Prevalece o medo de tomar a decisão errada e perder os referenciais, os itens materiais que marcaram a experiência de viver [...] para estes pacientes, a escolha segura é postergar a decisão, ou seja, amontoar.(modenese, 2011, p.12) Existem dados recentes sugerindo que a acumulação compulsiva seja um problema independente. Há uma evidência recente de estudos fenomenológicos, neurobiológicos e tratamentos epidemiológicos indicando que a acumulação compulsiva é classificada de maneira mais coerente como um transtorno isolado e com critérios próprios de diagnóstico.(pertusa, 2010). O acúmulo compulsivo é caracterizado por (a) aquisição e impossibilidade de descartar um grande número de coisas; (b) desorganização que impede atividades para as quais o espaço foi designado; e (c) aflição significativa ou prejuízo causado em função do acúmulo.(tolin et al., 2010, p. 1). ASPECTOS PSICOLÓGICOS E EMOCIONAIS Para Modenese (2011), é mais comum que indivíduos obsessivo-compulsivos que acumulam objetos tenham passado por traumas mais frequentemente que pacientes sem disposofobia, pois situações estressantes levam a pessoa a perceber o mundo como incontrolável e imprevisível, desencadeando constante busca de segurança e controle sobre o ambiente através de uma relação patológica com coisas.

5 De acordo com Tolin et al. (2012), os acumuladores têm muita dificuldade de avaliar o valor dos itens que possuem: a região do cérebro associada com a monitoração de erros em condições duvidosas é ativada quando acumuladores são perguntados sobre jogar fora seus objetos. Fazzio (2013) explica que o entulho, na visão do acumulador, não é lixo, é a riqueza de sua vida. Conforme reportagem do programa Repórter Record, são vários fatores que levam o indivíduo a estocar objetos em casa, mas a verdadeira função existencial de acumular está sempre contida no inconsciente do sujeito: o acumulador pode ter sido vítima de bullying ou abuso na infância, ter enfrentado problemas de relacionamento na infância, ter passado por grande dificuldade financeira ou luto. O trauma que desencadeia a disposofobia faz que o indivíduo construa um muro simbólico em torno de si próprio na esperança de sentir-se seguro. A pilha de objetos a sua volta representa uma barreira simbólica, uma proteção contra o medo, a insegurança, o desespero ou a saudade de alguém. TRATAMENTO Para o acumulador compulsivo, não existe nenhum erro ou problema com o seu comportamento. Entretanto, esse sintoma é próprio da doença. O transtorno mental do acúmulo compulsivo teve recente reconhecimento e as pesquisas sobre tratamento estão só começando. Um dos métodos que têm tido êxito é a Terapia Cognitivo-Comportamental,associada a uma medicação adequada (ZERO HORA, 2012). Segundo Beck (2011, apud Beck,1964) a terapia cognitivo-comportamental é um tratamento de curta duração direcionado para a solução de problemas atuais a partir da mudança de pensamentos e comportamentos inadequados. Conforme Atkinson et al. (2002), o estudo moderno da cognição preocupa-se com processos mentais, como percepção, recordação, raciocínio, decisão e resolução de problemas. [...] as informações são processadas de diversas formas: são selecionadas, comparadas e combinadas com outras informações que já estão na memória, transformadas, reorganizadas e assim por diante.

6 De acordo com Beck (2011), o tratamento busca compreender cada paciente segundo suas crenças e comportamentos, buscando a modificação do pensamento afim de produzir mudanças emocionais e comportamentais duradouras. Com o intuito de descobrir as raízes da ansiedade, a Terapia Cognitivo- Comportamental se concentra em localizar as causas da acumulação compulsiva. Assim, é possível mudar aos poucos a mentalidade da pessoa afetada. A desvantagem desse método, e consequentemente, da escassez de tratamentos, é a demora (meses até anos) e a exigência de grande dedicação ao processo de recuperação. Apesar disso, a terapia permite que o acumulador compulsivo readquira hábitos de vida normais (ZERO HORA, 2012). Lima (2011) afirma que o psicólogo tem papel fundamental no tratamento, é ele quem vai estabelecer um contato de confiança com o paciente e investigar as causas de tal comportamento. O tratamento psicoterapêutico é associado a um profissional expert em organização de ambientes. Os conhecimentos de psicologia e experiência de sucesso com esses transtornos psíquicos fazem que o trabalho terapêutico seja realizado a três: paciente, psicoterapeuta e organizador. De acordo com o jornal Zero Hora (2012), terapia e medicamentos são combinados no combate à doença. Os produtos farmacêuticos utilizados no tratamento da acumulação compulsiva são semelhantes aos que são administrados em pacientes que sofrem de transtornos obsessivo-compulsivos, isto é, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, além de outros antidepressivos. (ZERO HORA, 2012). Para o programa de televisão Repórter Record, que abordou o tema acumuladores compulsivos, medidas drásticas desequilibram emocionalmente um indivíduo que passou anos comprando e/ou acumulando coisas. Há indícios de que exista um vínculo de afeto com os objetos coletados. O acumulador sente-se inseguro para jogar fora seus pertences, como se estes fizessem parte dele próprio. Quando psicólogos intervêm na reorganização dos cômodos da casa, há muita resistência por parte do acumulador, porém, o profissional deixa bem claro que a decisão de jogar não deve ser tomada por nenhum familiar, mas pelo próprio acumulador.

7 PROBLEMAS ACERCA DA ACUMULAÇÃO Segundo Lima (2011), a acumulação compulsiva provoca separação conjugal, perda da guarda dos filhos menores, afastamento dos familiares e revolta nos vizinhos. Uma grande pesquisa entre familiares indicou que o convívio com acumuladores durante a infância estava associado a relatos de angústia e elevada tensão familiar.(tolin et al., 2010). Baseado em grande número de evidências, o acúmulo compulsivo se tornou um problema de saúde pública, pois a desordem dos objetos acumulados aumenta o risco de incêndio, desabamento, insalubridade e de doenças (TOLIN et al., 2010). Para Tolin et al. (2010), resultados de uma pesquisa apontam que 8% dos entrevistados que se consideraram indivíduos acumuladores compulsivos relataram que foram despejados ou ameaçados de despejo em função doacúmulo e 0,1% relatou ter um filho ou idoso removido da casa pelo mesmo motivo. Outro dado informado pelo programa televisivo Repórter Record é que geralmente o acúmulo é tão intenso que chega a ocupar todos os cômodos da casa. Gradativamente estes vão deixando de ter a função para a qual foram designados e a casa deixa de ter espaço horizontal. Em meio a tantas coisas, grandes pilhas de objetos amontoados vão se formando, o que faz que o lugar torne-se sujo, insalubre, intransitável e perigoso. MATERIAL E MÉTODO A presente pesquisa é de cunho bibliográfico, sendo desenvolvida com base em materiais prontos, como livros, dicionário, vídeos publicados na internet, predominando artigos científicos publicados em jornal e revista especializados na área da saúde, com o intuito agregar as informações já publicadas no que se refere aos principais aspectos psicossociais dos acumuladores compulsivos, suas famílias, seus amigos e vizinhos. Como os temas disposofobia e acumuladores compulsivos ainda são novos no Brasil, a metodologia utilizada foi a busca de conteúdo em material impresso e digital, a utilização de pesquisa já realizada, a junção de teorias e conceitos. DISCUSSÃO

8 Como são objetivos deste artigo definir o que é acumulação compulsiva e discutir as causas que levam o indivíduo a comprar e amontoar, bem como elucidar a função existencial de acumular objetos, comecemos pelo aspecto cerebral: pesquisas recentes sugerem que acumuladores têm padrões únicos de atividade cerebral quando se trata de tomada de decisão acerca de suas posses, comparados com não acumuladores. E apesar de a acumulação ser vista tradicionalmente como um sintoma de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), a atividade cerebral dessas pessoas também difere da atividade cerebral do TOC típico (SCIENTIFIC, 2012). Apesar de Modenese (2011) associar a acumulação compulsiva ao TOC e Fazzio (2013) agrupá-la como um subtipo do mesmo transtorno, ambos citados neste artigo, o estudo científico Neural Mechanisms of Decision Making in Hoarding Disorder, que possui síntese traduzida para o português no site Scientific (2012), afirma que a síndrome deve ser entendida como específica, isto é, não entra na definição padrão de TOC apenas 18% das pessoas com sintomas de acumulação se encaixam em todos os critérios definidores de TOC hoje. O programa Freud Explica, exibido no YouTube, mostra que o processo de descartar é moroso, pois cada objeto deve ser cuidadosamente avaliado pelo acumulador e só ele poderá decidir o que será ou não descartado. Frequentemente os familiares e o próprio paciente não conseguem acreditar no êxito do tratamento, pois já tentaram inúmeras vezes, sem sucesso. Por isso, a importância de o psicólogo trabalhar a autoconfiança do indivíduo que está sendo submetido a um processo extremamente doloroso, que requer muita atenção e cuidado. É importante também que o profissional conscientize os familiares a não causarem mais tensão, já que se trata de um procedimento muito estressante. A doença da acumulação compulsiva é uma perturbação que não nasce com a pessoa, mas podem existir traços de personalidade que conduzem ao seu aparecimento. Essa perturbação é definida por três características principais: a coleção obsessiva de bens ou objetos que parecem inúteis para a maioria das pessoas, a incapacidade de se livrar de qualquer objeto ou bem recolhido e um estado de aflição ou de perigo permanente (CUIDAMOS.COM, 2014). É importante diferenciar um acumulador de um colecionador. Silva (2013), explica que colecionar é, a princípio, um hobby, não é patológico. A pessoa adquire

9 objetos com aspectos em comum. A partir do momento em que eles passam a assumir quantidade exagerada, a ocupar muito espaço e a pessoa sofre para se desfazer desses itens, ela pode se tornar acumulador compulsivo. A profissional afirma que um comprador compulsivo pode também se tornar um acumulador, mas, a princípio, o foco é a aquisição do objeto. São sintomas muito próximos. Segundo Silva (2013), não se pode deixar de abordar a acumulação de compras, ou compradores compulsivos, as pessoas que saem às ruas e compram sem controle. Este tipo de acumulador, segundo a psicopedagoga e terapeuta Fazzio (2013), dá preferência a brechós e lojas com preços baixos, com a intenção de poder comprar mais. Compram impulsivamente, sem pensar na utilidade ou não do item e dificilmente o usam, deixando-o guardado na própria embalagem ou dentro da sacola. Pensam que um dia precisarão do produto, por isso nunca se desfazem dele. Nas lojas, cedem facilmente ao apelo do vendedor, principalmente se estão dominados por sentimentos negativos, entristecidos, com baixa autoestima e dificuldades de relacionamento. Esse descontrole acarreta um prejuízo financeiro que, muitas vezes, pode afetar seu relacionamento afetivo e social. Os acumuladores compulsivos geralmente são idosos ou pacientes com transtorno de ansiedade. Normalmente os objetos são encontrados no lixo, aleatórios. O doente os vê como necessários para o futuro ou com valor monetário futuro elevado. São incapazes de jogar no lixo qualquer tipo de coisa mesmo que já não possua utilidade ou seja perigosa. O acumulador é mais propenso a adquirir outras doenças psiquiátricas ou infecções (ZANIN, 2014). O jornal Zero Hora (2012) corrobora a distinção entre o hobby e a doença: uma sala cheia de livros não indica compulsão; a patologia vem à tona quando juntar vira obsessão e interfere na rotina e nas relações familiares. Um colecionador, ao contrário do acumulador, tem orgulho de mostrar sua coleção. Quem tem o transtorno costuma esconder o problema. A limpeza do local é uma solução de curto prazo, porque só resolve o lixo daquele momento. Em poucas semanas o acumulador compulsivo terá recolhido novos lixos e deixado de jogar fora outros, voltando a viver em meio à sujeira (FAZZIO, 2013). Caso se tente fazer uma limpeza geral na casa de um acumulador compulsivo, ele ficará com uma sensação de vazio e perda muito grande. Sua

10 reação pode fazer que recolha tudo de novo e em maiores quantidades (CUIDAMOS.COM, 2014). Alguns sinais ajudam a identificar um acumulador compulsivo, são eles: recolher bens e objetos que a maioria das pessoas joga fora; viver em condições insalubres e sem organização e não permitir que alguém arrume ou limpe sem sua supervisão; ser incapaz de usar as divisões da casa para a real finalidade (cozinha para cozinhar, banheiro para tomar banho, quarto para dormir); ter muitos animais de estimação e não cuidar deles da melhor maneira transtorno chamado de animal hoarding; acumular sucatas ou lixo (como embalagens) e amontoá-los em pilhas; negar que seja um exagero o vício de acumular; ter vergonha do hábito, mas mesmo assim não conseguir controlar o impulso (ZERO HORA, 2012). Assim como a maioria dos comportamentos obsessivos, a acumulação compulsiva começa de forma lenta e progride rapidamente. A título de exemplo, a pessoa pensa que uma informação que sai no jornal de hoje pode ser útil no futuro, por isso, vê-se obrigada a guardar o jornal. Posteriormente, pode considerar que, acidentalmente, colocou algo de valioso no lixo e mantém esse saco de lixo em casa. A partir daí, passa a guardar tudo (objetos ou animais) que encontra na rua, de modo a minimizar seus problemas de ansiedade (CUIDAMOS.COM, 2014). Este tipo de acumulação também pode indicar um enorme sentido de responsabilidade ou medo de errar, pois é uma forma de as pessoas se autopressionarem para fazerem tudo bem feito (CUIDAMOS.COM, 2014). O estudo sintetizado por Tolin et al. (2012) mostra que até para se desfazer de itens que não são seus o acumulador compulsivo sofre: os níveis de atividade no córtex cingulado anterior são incomuns, mas nesse caso muito abaixo do normal. Para tratar da disposofobia, o acumulador deve procurar um psiquiatra. Silva (2013) orienta que, caso ele não tenha plano de saúde ou condições de arcar com o tratamento, ele deve procurar um ambulatório na cidade ou centros de atendimento psiquiátricos gratuitos que oferecem esse atendimento. CONCLUSÃO

11 O acumulador compulsivo sente muita tristeza ao tentar se desfazer de itens que para ele podem ser úteis no futuro, por isso é preciso paciência ao lidar com a pessoa doente. A tristeza e a ansiedade em se tratando da decisão do destino de itens são maiores do que em outras pessoas. Isso explica a necessidade de um profissional especializado para tratar as raízes do problema, até porque os familiares e amigos desistem de tentar ajudar o acumulador compulsivo. É salutar frisar o nível de medo de perder do acumulador, o qual chega a não conseguir se desfazer de itens que não lhe pertencem. É de suma importância ficar atento para a questão da compra compulsiva não se transformar em acúmulo compulsivo, pois esta obsessão não acontece somente com itens usados ou lixo. Da mesma forma, familiares e amigos devem, ao notar sinais de acúmulo compulsivo, tentar levar o acumulador compulsivo a buscar ajuda com um profissional especializado, visto que há tratamento e é demorado. Ou seja, quanto antes as causas da acumulação forem identificadas e devidamente tratadas, mais chances o doente tem de viver normalmente. REFERÊNCIAS ATKINSON, Rita L et al. Introdução à Psicologia de Hilgard. 13 ed. Porto Alegre, RS: Artmed, AYERS, Catherine R. et al. Age at onset and clinical features of late life compulsive hoarding. Internacional Journal of Geriatric Psychiatry, v. 25, issue2, Feb Disponível em: < Acesso em: 27 nov

12 BECK, Judith S. Terapia Cognitivo Comportamental: Teoria e Prática 2 ed. São Paulo, SP: Artmed, 2011 CUIDAMOS.COM. Quais os sinais de acumulação compulsiva e como obter ajuda. Disponível em: < Acesso em: 20 mar DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2 ed. São Paulo: Artmed, FAZZIO, Cecilia A. Acumuladores obsessivo-compulsivos. Disponível em: < Acesso em: 20 mar HOUAISS. Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa 3.0. Obsessão. Editora Objetiva. HUMES, Edward. Garbology: our dirty love affair with trash. 1 ed. Nova York: Penguin Group, 2013 LIMA, R. Acumuladores compulsivos: uma nova patologia psíquica. Revista Espaço Acadêmico, v.11, n.126, Disponível em: < Acesso em: 30 nov MODENESE, Felipe. Quando colecionar se torna obsessão. Jornal da FMB, ano III, ed.31, p.12, jan./fev Disponível em: < Acesso em: 20 nov PERTUSA, Alberto et al. Refining the diagnostic boundaries of compulsive hoarding: a critical review. Clinical Psychology Review, v. 30, issue 4, June Disponível em: < Acesso em: 27 nov REDE RECORD DE TELEVISÃO. Repórter Record O drama dos acumuladores compulsivos. 18 nov Disponível em: < Acesso em: 20 nov SILVA, Vera Garcia da. Psiquiatra tira dúvidas sobre acumuladores: como identificar e tratar? Programa Mais Você. 11 abril Disponível em: < Acesso em: 22 mar

13 TATYS, Ades. Acumuladores (Síndrome de Diógenes) Freud explica parte 1. YouTube. Disponível em: < Acesso em: 27 nov THE RICE UNIVERSITY. Disposophobia. The Rice University Neologisms Database. 29 set Disponível em: < Acesso em: 8 maio TOLIN, David F. et al. Family Informants Perceptions of Insight in Compulsive Hoarding. Cognitive Therapy and Research, v. 34, issue 1, Fev Disponível em: < Acesso em: 27 nov TOLIN, David F. et al. Neural Mechanisms of Decision Making in Hoarding Disorder. Jama Psychiatry, v. 69, nº 8, Aug Disponível em: < /article/ /s #page-1>. Acesso em: 9 jun ZERO HORA. Saiba quais são as características e como é o tratamento para acumuladores compulsivos. Bem-estar, 4 ago Disponível em: < Acesso em: 22 mar ZANIN, Tatiana et al.. Acumuladores compulsivos. Tua Saúde, 6 jan Disponível em: < Acesso em: 22 mar

Cuidado em Saúde Mental de Acumuladores Compulsivos. Orientações para o cuidado desse tipo de sofrimento

Cuidado em Saúde Mental de Acumuladores Compulsivos. Orientações para o cuidado desse tipo de sofrimento Cuidado em Saúde Mental de Acumuladores Compulsivos Orientações para o cuidado desse tipo de sofrimento O que a literatura diz sobre o assunto no Brasil? Não foram encontrados artigos científicos desse

Leia mais

FATORES PSICOLÓGICOS QUE LEVAM AS PESSOAS A CONSUMIREM COMPULSIVAMENTE

FATORES PSICOLÓGICOS QUE LEVAM AS PESSOAS A CONSUMIREM COMPULSIVAMENTE 1 FATORES PSICOLÓGICOS QUE LEVAM AS PESSOAS A CONSUMIREM COMPULSIVAMENTE Gabriela Vaz Queiroz 1 Gabriela Gonçalves Correia 1 Julye Maciel Diniz 1 Vanessa Farias de Sousa 1 Amália Cardoso Dias 2 Robson

Leia mais

Depressão Pós Parto. (NEJM, Dez 2016)

Depressão Pós Parto. (NEJM, Dez 2016) Compartilhe conhecimento: Além de cuidar das crianças, precisamos estar atentos à saúde psicológica das mães. Entenda os sintomas e os tratamentos da depressão pós-parto. Depressão Pós Parto. (NEJM, Dez

Leia mais

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos Ansiedade Generalizada Sintomas e Tratamentos Sumário 1 Ansiedade e Medo ------------------------------------ 03 2 Transtorno de ansiedade generalizada----------06 3 Sintomas e Diagnóstico-------------------------------08

Leia mais

Mas porque é importante tratar a ansiedade?

Mas porque é importante tratar a ansiedade? Mas porque é importante tratar a ansiedade? Mas porque é importante tratar a ansiedade? Porque a ansiedade excessiva, sem tratamento, é um fator de risco para o desenvolvimento de infarto do coração, aumentando

Leia mais

DEPRESSÃO, O QUE É? A

DEPRESSÃO, O QUE É? A DEPRESSÃO, O QUE É? A depressão é uma doença que pode afetar pessoas de todas as idades. Ela é diferente de tristeza e surge devido a fatores biológicos e emocionais (perdas, traumas, estresse, etc.).

Leia mais

Quando o medo foge ao controle

Quando o medo foge ao controle Quando o medo foge ao controle Transtorno de Ansiedade Generalizada Texto traduzido e adaptado por Lucas Machado Mantovani, mediante prévia autorização do National Institute of Mental Health, responsável

Leia mais

DEPRESSÃO TEM CURA? SAIBA MAIS SOBRE ESSE MAL

DEPRESSÃO TEM CURA? SAIBA MAIS SOBRE ESSE MAL DEPRESSÃO TEM CURA? SAIBA MAIS SOBRE ESSE MAL SUMÁRIO 01. Depressão: tristeza ou doença? 3 02. Saiba identificar os sintomas de um deprimido 7 03. Depressão severa: saiba como tomar controle 12 01 DEPRESSÃO:

Leia mais

Depressão. Em nossa sociedade, ser feliz tornou-se uma obrigação. Quem não consegue é visto como um fracassado.

Depressão. Em nossa sociedade, ser feliz tornou-se uma obrigação. Quem não consegue é visto como um fracassado. O QUE É SAÚDE? É o nosso estado natural. Segundo a O.M.S. saúde é mais do que a ausência de doença ou enfermidade: É o estado de perfeito bem-estar físico, mental e social. Depressão Em nossa sociedade,

Leia mais

GERENCIANDO O STRESS DO DIA-A-DIA GRAZIELA BARON VANNI

GERENCIANDO O STRESS DO DIA-A-DIA GRAZIELA BARON VANNI GERENCIANDO O STRESS DO DIA-A-DIA GRAZIELA BARON VANNI Psicóloga clínica Especializada em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CPCS Diretora da Clínica Qualidade de Vida R. Dom Pedro II, 2066 F. 16 3376-1129

Leia mais

l. Você notou algum padrão nessas reações (os momentos em que as coisas melhoram, horário do dia, semana, estação)?

l. Você notou algum padrão nessas reações (os momentos em que as coisas melhoram, horário do dia, semana, estação)? Entrevista inicial para terapia cognitivo-comportamental Nome: Data: 1. Data de nascimento e idade. 2. Estado civil, filhos (nome e idade). 3. Situação de vida atual. Com quem você vive? Como é o local?

Leia mais

DEPENDÊNCIA DE SEXO PELA INTERNET. Oswaldo Rodrigues. Aneron Canals

DEPENDÊNCIA DE SEXO PELA INTERNET. Oswaldo Rodrigues. Aneron Canals DEPENDÊNCIA DE SEXO PELA INTERNET Oswaldo Rodrigues Aneron Canals ANERON CANALS MÉDICO PSIQUIATRA MESTRE EM PSICOLOGIA CLINICA PUCRS ESPECIALISTA EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL TREINAMENTO AVANÇADO

Leia mais

Depressão em mulheres

Depressão em mulheres Depressão em mulheres Por que a depressão é maior em mulheres? O que é depressão? A depressão é um distúrbio de alteração do humor sério e por vezes incapacitante. Causa sentimentos de tristeza, desespero,

Leia mais

Informação para os pacientes e seus familiares

Informação para os pacientes e seus familiares Psicose Psychosis - Portuguese UHN Informação para os pacientes e seus familiares Leia esta brochura para aprender: o que é a psicose o que a causa os sinais ou sintomas de psicose que tratamentos podem

Leia mais

Gelder M, Mayou R, Geddes J. Psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999.

Gelder M, Mayou R, Geddes J. Psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. Diretrizes de abordagem psicoterápica na atenção primária Alexandre de Araújo Pereira ASPECTOS GERAIS Os profissionais que atuam em serviços de atenção primária de saúde frequentemente interagem com uma

Leia mais

Ansiedade de Separação: O que é isso???

Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de separação: o que é? A ansiedade de separação é um estado emocional desagradável e negativo que ocorre quando a criança se separa das figuras cuja vinculação

Leia mais

3.15 As psicoses na criança e no adolescente

3.15 As psicoses na criança e no adolescente Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.15 As psicoses na criança e no adolescente Introdução As psicoses são doenças mentais raras que, geralmente, se iniciam no fim da adolescência

Leia mais

Semanas após o início do tratamento, o paciente obteve um diagnóstico. Ele tinha o

Semanas após o início do tratamento, o paciente obteve um diagnóstico. Ele tinha o O que é o Transtorno da Aversão Sexual? Após uma tentativa de suicídio, William, com pouco mais de 40 anos, recebeu indicação médica para fazer terapia. Ele nunca havia tido qualquer tipo de contato sexual.

Leia mais

ANEXO IV - Análise de conteúdo da entrevista desde a 1ª questão até à 7ª. Orientações Teóricas

ANEXO IV - Análise de conteúdo da entrevista desde a 1ª questão até à 7ª. Orientações Teóricas Habitualmente no seu caso em que consiste um processo de aconselhamento psicológico? Psicoterapia (Método de tratamento de problemas psicológicos) Orientações Teóricas Através da psicanálise tento perceber

Leia mais

Neurose Obsessiva. Neurose Obsessiva Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso

Neurose Obsessiva. Neurose Obsessiva Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso Neurose Obsessiva 1 Definição Ideias parasitas, as quais, permanecendo intacta a inteligência, e sem que exista um estado emotivo ou passional que o justifique, surgem conscientemente; impõem-se contra

Leia mais

DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down

DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down DUPLO DIAGNÓSTICO Refere-se a pessoas com deficiência intelectual e também um outro transtorno psicológico ou psiquiátrico. TRANSTORNOS MENTAIS

Leia mais

TÉCNICAS DE CONTROLE DE ANSIEDADE: ENFRENTANDO A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO

TÉCNICAS DE CONTROLE DE ANSIEDADE: ENFRENTANDO A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO TÉCNICAS DE CONTROLE DE ANSIEDADE: ENFRENTANDO A APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO Almir Dalmolin Filho Acadêmico oitavo período do Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Cacoal

Leia mais

DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA?

DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA? DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA? SUMÁRIO 01. Dependência química tem solução? 3 02. Como tratar a dependência química? 8 03. Diferentes tipos de internação para dependentes 13 01 DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM SOLUÇÃO?

Leia mais

Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735

Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735 Palestrante: Caroline Perin Psicóloga CRP-18/01735 Pensada principalmente por Edmund Husserl, Martin Heidegger, Jean Paul- Sartre, Kiekegaard. Busca encontrar sentido da existência humana na sua totalidade

Leia mais

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica

O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família. Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica Lidando com o inesperado O diagnóstico da criança e a saúde mental de toda a família Luciana Quintanilha, LCSW Assistente Social e Psicoterapeuta Clínica Para começar bem Olá! Sejam todos muito bem-vindos!

Leia mais

DEPRESSÃO OLIVEIRA. E. N. P. 1 RIBEIRO. T. C 2 FARIA. M.C. C. 3 RESUMO

DEPRESSÃO OLIVEIRA. E. N. P. 1 RIBEIRO. T. C 2 FARIA. M.C. C. 3 RESUMO DEPRESSÃO OLIVEIRA. E. N. P. 1 RIBEIRO. T. C 2 FARIA. M.C. C. 3 RESUMO A Depressão é um sentimento exagerado da tristeza, ou seja, um transtorno mental. É uma doença que causa um grande desânimo, cansaço,

Leia mais

Como programas de computador e realidade virtual estão virando armas no combate à depressão e outros transtornos mentais

Como programas de computador e realidade virtual estão virando armas no combate à depressão e outros transtornos mentais Como programas de computador e realidade virtual estão virando armas no combate à depressão e outros transtornos mentais g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/08/21/como-programas-de-computador-e-realidade-virtual-estao-virando-armasno-combate-a-depressao-e-outros-transtornos-mentais.ghtml

Leia mais

Estresse. O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no

Estresse. O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no Estresse O estresse tem sido considerado um problema cada vez mais comum, tanto no contexto profissional quanto na vida pessoal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 90% da população mundial sofre

Leia mais

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO

SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO SÍNDROME DE ASPERGER E AUTISMO CASTRO.M.B. 1 ; MARRONI.N.M.O. 2 ; FARIA.M.C.C. 3 ; RESUMO A Síndrome de Asperger é uma desordem pouco comum, ou seja, um grupo de problemas que algumas crianças tem quando

Leia mais

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR Até recentemente o Transtorno Bipolar era conhecido como psicose ou doença maníaco-depressiva. É um transtorno no qual ocorrem alternâncias do humor, caracterizando-se por períodos

Leia mais

TDAH nas Escolas Como Identificar?

TDAH nas Escolas Como Identificar? TDAH nas Escolas Como Identificar? INTRODUÇÃO TDAH nas Escolas - Como Identificar? Para educadores que ainda não entenderam como identificar quando um aluno pode ser portador de TDAH, e nem como e

Leia mais

BULLYING NA ESCOLA: UM OLHAR DA PSICOLOGIA 1. Jaqueline Tatiane Welke Hasper 2.

BULLYING NA ESCOLA: UM OLHAR DA PSICOLOGIA 1. Jaqueline Tatiane Welke Hasper 2. BULLYING NA ESCOLA: UM OLHAR DA PSICOLOGIA 1 Jaqueline Tatiane Welke Hasper 2. 1 Artigo apresentado para aprovação na disciplina de ESTÁGIO SUPERVISIONADO E SEMINÁRIO EM PSICOLOGIA E PROCESSOS EDUCACIONAIS

Leia mais

Sempre constrangido. Fobia Social (Transtorno de Ansiedade Social)

Sempre constrangido. Fobia Social (Transtorno de Ansiedade Social) Sempre constrangido Fobia Social (Transtorno de Ansiedade Social) Texto traduzido e adaptado por Lucas Machado Mantovani, mediante prévia autorização do National Institute of Mental Health, responsável

Leia mais

Compulsão na Moda: uma análise comparativa entre compulsão alimentar e a compulsão por produtos de moda

Compulsão na Moda: uma análise comparativa entre compulsão alimentar e a compulsão por produtos de moda Compulsão na Moda: uma análise comparativa entre compulsão alimentar e a compulsão por produtos de moda Anna Beatriz Kariya 1, Rosimeiri Naomi Nagamatsu 2 1 Acadêmica do CST em Design de Moda da Universidade

Leia mais

Fobia Específica. Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

Fobia Específica. Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH Fobia Específica Simpósio de Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH - 20015 A origem da palavra Fobia Phobos" significa "medo" e serve de raiz para a palavra fobia. Os critérios

Leia mais

O Impacto Psicossocial do Cancro na Família

O Impacto Psicossocial do Cancro na Família O Impacto Psicossocial do Cancro na Família Maria de Jesus Moura Psicóloga Clínica Unidade de Psicologia IPO Lisboa ATÉ MEADOS DO SEC.XIX Cancro=Morte PROGRESSOS DA MEDICINA CURA ALTERAÇÃO DO DIAGNÓSTICO

Leia mais

Curso de Formação de Terapeutas em Dependência Química 2018 MÓDULO I

Curso de Formação de Terapeutas em Dependência Química 2018 MÓDULO I Curso de Formação de Terapeutas em Dependência Química 2018 MÓDULO I Aula 1: Transtornos mentais e comportamentais pelo uso de múltiplas substâncias. Dependência Química: conceitos e critérios diagnósticos

Leia mais

7 GERAL DA RELAÇÃO Duas cartas que representam a essência da relação, a energia envolvida no relacionamento de ambas as partes.

7 GERAL DA RELAÇÃO Duas cartas que representam a essência da relação, a energia envolvida no relacionamento de ambas as partes. ANTÔNIO LEITURA PARA RELACIONAMENTO MÉTODO TEMPLO DE AFRODITE CASAS 1 E 2 MENTAL ELA E ELE Estas casas se referem a tudo que é pensamento racional, o que cada um pensa do outro e da relação, seus medos,

Leia mais

Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da

Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP 02-10159 Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da Saúde (FPS) Qualidade de vida, Conceito da OMS: A percepção

Leia mais

Lixo é tudo aquilo que não serve e é jogado fora? Colocar lixo na rua, fora do dia de coleta está certo? R.: Sim. Qualquer matéria ou coisa que rejeit

Lixo é tudo aquilo que não serve e é jogado fora? Colocar lixo na rua, fora do dia de coleta está certo? R.: Sim. Qualquer matéria ou coisa que rejeit Lixo é tudo aquilo que não serve e é jogado fora? Colocar lixo na rua, fora do dia de coleta está certo? R.: Sim. Qualquer matéria ou coisa que rejeitamos por estar sujo ou por não tem mais utilidade pode

Leia mais

Mindfulness: possibilidades na saúde. Carolina Seabra

Mindfulness: possibilidades na saúde. Carolina Seabra Mindfulness: possibilidades na saúde Carolina Seabra 1 Mindfulness Caracteriza-se pela habilidade de modificar a relação com o sofrimento sendo menos reativo a ele (Germer, 2016). Manejo da dor Terapias

Leia mais

Prevalência de transtornos mentais em pacientes com ulceração

Prevalência de transtornos mentais em pacientes com ulceração doi: 10.20513/2447-6595.2016v56n1p24-28 24 ARTIGO ORIGINAL Prevalência de transtornos mentais em pacientes com ulceração Lisiane Pires Martins dos Santos 1. João Paulo Lima Santos 1. João Joaquim Freitas

Leia mais

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos,

Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Alguns sintomas físicos ocorrem sem nenhuma causa física e nesses casos, Diretrizes Gerais de Abordagem das Somatizações, Síndromes ansiosas e depressivas Alexandre de Araújo Pereira Patologias psiquiátricas mais prevalentes na atenção básica: Somatizações Transtornos Depressivos

Leia mais

Como Prevenir o Suicídio?

Como Prevenir o Suicídio? Como Prevenir o Suicídio? Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.com.br

Leia mais

DEPENDÊNCIA DIGITAL ATÉ QUE PONTO A TECNOLOGIA É BOA OU RUIM? Dr. Rodrigo Menezes Machado

DEPENDÊNCIA DIGITAL ATÉ QUE PONTO A TECNOLOGIA É BOA OU RUIM? Dr. Rodrigo Menezes Machado DEPENDÊNCIA DIGITAL ATÉ QUE PONTO A TECNOLOGIA É BOA OU RUIM? Dr. Rodrigo Menezes Machado INTRODUÇÃO População total estimada em 7 bilhões, sendo que 6,29 bilhões já possuem acesso à tecnologia móvel.

Leia mais

Residência Médica 2019

Residência Médica 2019 CASO 1 Questão 1. Valor máximo = 3 pontos Possíveis: Mudança clara do funcionamento e estado mental. / Intensidade significativa dos sintomas. / Pervasividade dos sintomas. / Falta de controle sobre os

Leia mais

MRM Clínica Criativa e Portal Vida Livre DISPONIBILIZAR Nos próximos capítulos você vai compreender melhor o vício em drogas,

MRM Clínica Criativa e Portal Vida Livre DISPONIBILIZAR Nos próximos capítulos você vai compreender melhor o vício em drogas, Devido a complexidade do tema e das inúmeras buscas por informações de fontes confiáveis e relevantes sobre a questão da dependência química e das compulsões em geral, o Grupo MRM em parceria com a Clínica

Leia mais

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde Um olhar sobre as várias formas de demência Vila Velha de Ródão, 28 de novembro de 2016 O que é a Demência? A Demência é uma DOENÇA CEREBRAL, com natureza crónica ou

Leia mais

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é...

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é... Emergências Psiquiátricas Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes Doença Mental??? Ou Saúde Mental???? Prof Esp. Enfª Priscila Maria Marcheti Fiorin Saúde Mental é... Usado

Leia mais

Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes?

Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes? Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes? Sávia M. Emrich Pinto Psicóloga Serviço de Radioterapia Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar

Leia mais

SÍNDROME DE BURNOUT: O PONTO ALTO DO ESTRESSE

SÍNDROME DE BURNOUT: O PONTO ALTO DO ESTRESSE SÍNDROME DE BURNOUT: O PONTO ALTO DO ESTRESSE DIAS, S.K.F. 1 ; RODRIGUES, I.B. 2 ; FARIA, M.C.C. 3. RESUMO A seguinte pesquisa tem como objetivo levantar as principais causas e tratamentos para a síndrome

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL r. Jack Jordan Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca - ENSP Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial- LAPS Secretaria Municipal

Leia mais

Chestnut Global Partners do Brasil

Chestnut Global Partners do Brasil O CONTE COMIGO! é um programa fornecido pela empresa que oferece assistência profissional e confidencial quando problemas pessoais comprometem a vida pessoal de seus colaboradores e o seu desempenho no

Leia mais

Patologia Dual. Dr. Jorge Jaber

Patologia Dual. Dr. Jorge Jaber Dr. Jorge Jaber Papiro-1700 a.c Cérebro Neuroimagem Sinapse Neurônio PATOLOGIA DUAL Nomes diferentes foram utilizados para se referir a esta grande população que sofre de dependência química e outros transtornos

Leia mais

DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA

DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA DEPRESSÃO PÓS-PARTO NA ADOLESCÊNCIA GUIZELINI. G. F. 1 PETA. G. P. V. 2 GAMEIRO. N. T. FARIA. M. C. C. 3 RESUMO A pesquisa que foi realizada, demonstra que a grande maioria das adolescentes que engravidam

Leia mais

IIº Congresso Sul Brasileiro SUL SC. 19 a 21/08/2011

IIº Congresso Sul Brasileiro SUL SC. 19 a 21/08/2011 IIº Congresso Sul Brasileiro Jaraguá do SUL SC 19 a 21/08/2011 Co-dependência Ana Martins Godoy Pimenta O Que é e Quem é? DEPENDENTE: portador de uma doença progressiva, que pode tornar-se fatal levando

Leia mais

Insônia leva à busca de "medicamentos tarja-preta", como os benzodiazepínicos, que, a longo prazo, podem causar dependência química

Insônia leva à busca de medicamentos tarja-preta, como os benzodiazepínicos, que, a longo prazo, podem causar dependência química Insônia leva à busca de "medicamentos tarja-preta", como os benzodiazepínicos, que, a longo prazo, podem causar dependência química A situação é cada vez mais comum. Uma pessoa tem dificuldade para dormir,

Leia mais

CUIDAR E SER CUIDADO. Palestrante: Rossandra Sampaio Psicóloga

CUIDAR E SER CUIDADO. Palestrante: Rossandra Sampaio Psicóloga CUIDAR E SER CUIDADO Palestrante: Rossandra Sampaio Psicóloga A DEMANDA DE CUIDADO O QUE É CUIDAR? CUIDAR A palavra cuidar de acordo com um Dicionário da Língua Portuguesa: cuidar origina-se do latim cogitare

Leia mais

A Importância dos Cuidados com o Cuidador. Lívia Kondrat

A Importância dos Cuidados com o Cuidador. Lívia Kondrat A Importância dos Cuidados com o Cuidador Lívia Kondrat ABRALE 22 de Julho de 2011 CÂNCER é uma doença crônica; possui tratamentos com possibilidade de cura; traz consigo estigmas; está cercada por mitos,

Leia mais

Patricia Turella. Emagreça sua mente e emagrecerá seu corpo.

Patricia Turella. Emagreça sua mente e emagrecerá seu corpo. Patricia Turella Emagreça sua mente e emagrecerá seu corpo. 3 4 5 6 7-8 9 O Método Como funciona Dúvidas Qual a diferença de outros métodos Aplicação do método Patricia Turella 2 Title of the book Mudar

Leia mais

Farmacoterapia na Depressão

Farmacoterapia na Depressão Farmacoterapia na Depressão TRANSTORNOS MENTAIS Entendem-se como transtornos mentais e comportamentais condições clinicamente significativas caracterizadas por alterações do modo de pensar e do humor (emoções)

Leia mais

NEOCONSUMIDOR SOLUÇÕES EM NEGÓCIO ELETRÔNICOS AULA 7 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NEOCONSUMIDOR TENDÊNCIAS DO NEOCONSUMIDOR

NEOCONSUMIDOR SOLUÇÕES EM NEGÓCIO ELETRÔNICOS AULA 7 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NEOCONSUMIDOR TENDÊNCIAS DO NEOCONSUMIDOR SOLUÇÕES EM NEGÓCIO ELETRÔNICOS NEO NEO TENDÊNCIAS DO NEO Prof. Adm. Paulo Adriano da Silva Carvalho SOLUÇÕES EM NEGÓCIO ELETRÔNICOS 1 2 3 4 5 6 ESTUDO NEO BRASIL 2014 PERFIL : QUEM É O NEO? COMPORTAMENTO

Leia mais

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 1 Simone Simões Oliveira 2, Henrique Da Silva Dos Santos 3, Angélica Dos Santos Motta 4, Ricardo Da Silva Hammarstron 5, Simone Simões Oliveira 6 1 Trabalho apresentado

Leia mais

ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO

ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO 1 1 2 ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO dor poderia retomar a vida aos poucos. É possível ter uma vida boa apesar da É normal ter dias com mais dor e outros com menos 1 2 2 ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO ACEITAÇÃO dor

Leia mais

IMPACTOS DO DESEMPREGO NA SAÚDE, EMOÇÕES E RELACIONAMENTOS FEVEREIRO 2018

IMPACTOS DO DESEMPREGO NA SAÚDE, EMOÇÕES E RELACIONAMENTOS FEVEREIRO 2018 IMPACTOS DO DESEMPREGO NA SAÚDE, EMOÇÕES E RELACIONAMENTOS FEVEREIRO 2018 DESEMPREGO GERA CONSEQUÊNCIA NA SAÚDE E EMOÇÕES O trabalho é uma das ocupações humanas que mais dão sentido à vida em sociedade.

Leia mais

Transtorno de Jogo Compulsivo pela Internet

Transtorno de Jogo Compulsivo pela Internet Compartilhe conhecimento: Como identificar o vício por jogos eletrônicos? Analisamos uma recente revisão sobre jogadores compulsivos e os efeitos desse transtorno no desenvolvimento dos jovens. O artigo

Leia mais

ANA SOUZA P S I C Ó L O G A

ANA SOUZA P S I C Ó L O G A ÍNDICE AUTORA... INTRODUÇÃO... ALGUNS SINTOMAS QUE PODEMOS OBSERVAR DEVIDO AO ESGOTAMENTO EMOCIONAL... - Insônia... - Irritabilidade... - Falta de motivação... - Distanciamento afetivo... - Esquecimentos

Leia mais

Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo. II Simpósio Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH

Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo. II Simpósio Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo II Simpósio Terapia Cognitivo Comportamental Instituto Brasileiro de Hipnose IBH - 2014 Modelo atual do DSM-5, Os transtornos de personalidade são caracterizados

Leia mais

Males da Alma......são transtornos que causam sofrimento intenso, comprometem a rotina da pessoa afetada, alteram

Males da Alma......são transtornos que causam sofrimento intenso, comprometem a rotina da pessoa afetada, alteram Males da Alma......são transtornos que causam sofrimento intenso, comprometem a rotina da pessoa afetada, alteram seu comportamento e trazem prejuízos em todas as áreas da vida de quem está doente. Ansiedade,

Leia mais

ALTERAÇÕES NO CONVIVIO DO PORTADOR DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE PÓS SEPARAÇÃO FAMÍLIAR UMA REVISÃO INTEGRATIVA

ALTERAÇÕES NO CONVIVIO DO PORTADOR DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE PÓS SEPARAÇÃO FAMÍLIAR UMA REVISÃO INTEGRATIVA ALTERAÇÕES NO CONVIVIO DO PORTADOR DE TRANSTORNO DE ANSIEDADE PÓS SEPARAÇÃO FAMÍLIAR UMA REVISÃO INTEGRATIVA Jéssika Rayanne Batista Rocha¹, Joedna Martins Silva², Gealdo Tavares Neto³, Evelin dos Santos

Leia mais

Síndromes Psíquicas. Prof: Enfermeiro Diogo Jacintho

Síndromes Psíquicas. Prof: Enfermeiro Diogo Jacintho Síndromes Psíquicas Prof: Enfermeiro Diogo Jacintho Síndromes Psíquicas Transtornos de Ansiedade Síndrome Depressiva Ansiedade: normal x patológica ADAPTATIVA - permite o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Independente de sua configuração, a Família continua sendo a instituição social responsável pelos cuidados, proteção, afeto e educação das crianças.

Independente de sua configuração, a Família continua sendo a instituição social responsável pelos cuidados, proteção, afeto e educação das crianças. LACO LACO Família É constituída por um grupo de pessoas que compartilham uma relação de cuidados (proteção, alimentação e socialização), vínculos afetivos (relacionais), de convivência, de parentesco consangüíneo

Leia mais

Depressão. Um distúrbio que tem solução.

Depressão. Um distúrbio que tem solução. Depressão Um distúrbio que tem solução. DEPRESSÃO Depressão é um transtorno psiquiátrico sem causa definida. Afeta o humor, levando à perda de interesse e de prazer por quase todas as atividades do dia

Leia mais

IMPACTOS DO ENDIVIDAMENTO NO ESTADO EMOCIONAL DO BRASILEIRO

IMPACTOS DO ENDIVIDAMENTO NO ESTADO EMOCIONAL DO BRASILEIRO IMPACTOS DO ENDIVIDAMENTO NO ESTADO EMOCIONAL DO BRASILEIRO Agosto 2015 1. INTRODUÇÃO Termômetro inédito indica que endividamento traz desconforto para quatro em cada dez consumidores inadimplentes Os

Leia mais

Unidade II COMPORTAMENTO DO. Profa. Daniela Menezes

Unidade II COMPORTAMENTO DO. Profa. Daniela Menezes Unidade II COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Profa. Daniela Menezes O comportamento dos consumidores x Identidade Cultural Adquirir um produto ou fazer contratar qualquer tipo de serviço é uma atividade relacionada

Leia mais

Coordenação: Nivea Maria Machado de Melo Mestre em Psicologia (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro RJ)

Coordenação: Nivea Maria Machado de Melo Mestre em Psicologia (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro RJ) ATUALIDADES EM TCC PARA TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Coordenação: Nivea Maria Machado de Melo Mestre em Psicologia (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro RJ) 1.3 - Endereço para correspondência:

Leia mais

PRECISAMOS FALAR SOBRE SUICÍDIO EM COROMANDEL

PRECISAMOS FALAR SOBRE SUICÍDIO EM COROMANDEL PRECISAMOS FALAR SOBRE SUICÍDIO EM COROMANDEL REPORTAGEM: DANILO GONÇALO 280% Coromandel teve um aumento preocupante no número de ocorrências de tentativas e de suicídio consumado em 2016, apontam dados

Leia mais

Depressão: Os Caminhos da Alma... (LÚCIA MARIA)

Depressão: Os Caminhos da Alma... (LÚCIA MARIA) (LÚCIA MARIA) 1 Dedicatória: A todos os que sofrem de depressão, uma doença cruel e invisível, mas que pode ser vencida. 2 Sinopse: Muito embora, o título comece com uma expressão diferente, a intenção

Leia mais

GRAVE. DEPRESSAo O QUE É A DEPRESSAO GRAVE? A depressão grave é uma condição médica comum e afeta 121 MILHÕES de pessoas em todo o mundo.

GRAVE. DEPRESSAo O QUE É A DEPRESSAO GRAVE? A depressão grave é uma condição médica comum e afeta 121 MILHÕES de pessoas em todo o mundo. APRESENTA GRAVE DEPRESSAo O QUE É A DEPRESSAO GRAVE? Indivíduos com depressão grave geralmente apresentam pelo menos 4 destes sintomas por pelo menos 2 semanas: Estado de ânimo depressivo; * Movimento,

Leia mais

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico ou amplamente desorganizado;

A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico ou amplamente desorganizado; A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico ou amplamente desorganizado; Afeta homens e mulheres na mesma proporção; Eugen Bleuler, importante

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 2ª aula Diferenciação

Leia mais

Resiliência: Superando sua dificuldades. Kaique Mathias Da Silva Wendel Juan Oliveira Reolon

Resiliência: Superando sua dificuldades. Kaique Mathias Da Silva Wendel Juan Oliveira Reolon Resiliência: Superando sua dificuldades Kaique Mathias Da Silva Wendel Juan Oliveira Reolon Dedicamos este livro ao Professor Marcelino Felix, por nos incentivar a faze-lo. ÍNDICE 1 O que é Resiliência

Leia mais

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA

INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA INTERFACE DOS DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS COM A NEUROLOGIA MARINA DALLA BARBA LONDERO MÉDICA FORMADA PELA UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO PSIQUIATRA PELO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE DOUTORANDA PELA UNIVERSIDADE

Leia mais

AJUDANDO A INTEGRAR AS MEMÓRIAS DO PASSADO

AJUDANDO A INTEGRAR AS MEMÓRIAS DO PASSADO AJUDANDO A INTEGRAR AS MEMÓRIAS DO PASSADO Assim como a mente, nosso corpo também guarda as memórias do passado. Esses registros de experiências anteriores podem se mostrar no presente com outra roupagem,

Leia mais

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial Ano: 2º (11º ano Turma B) Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia Psíquica

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial Ano: 2º (11º ano Turma B) Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia Psíquica Agrupamento de Escolas de Mértola Ano Letivo 2012-2013 Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial Ano: 2º (11º ano Turma B) Disciplina: Psicopatologia Geral Módulo 5 Semiologia Psíquica Um teste

Leia mais

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil Gabinete Nacional da Ordem DeMolay

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil Gabinete Nacional da Ordem DeMolay Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil Gabinete Nacional da Ordem DeMolay Ano DeMolay 2016/2017 Depressão não é frescura O QUE É DEPRESSÃO? De acordo com o doutor em psicobiologia

Leia mais

Entenda sua ansiedade. Novembro

Entenda sua ansiedade. Novembro Entenda sua ansiedade Novembro 2016 http://mizuji.com Por que "entender ansiedade"? Palavra da moda Mais popular que "estresse" A importância de entender o que é ansiedade ansiedade não é "o" problema

Leia mais

O R G A N I Z A Ç Ã O P R Á T I C A

O R G A N I Z A Ç Ã O P R Á T I C A O R G A N I Z A Ç Ã O P R Á T I C A Lu Iannace Introdução Estou adorando escrever e compartilhar meu ebook, é muito gratificante dividir com vocês as experiências que venho adquirindo nesses anos atuando

Leia mais

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.psc.br Venha se especializar com

Leia mais

PSICOPATOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

PSICOPATOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO FACULDADE DE MEDICINA USP DEPARTAMENTO DE NEUROCIÊNCIAS E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO PSICOPATOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO RISCO, PROTEÇÃO E RESILIÊNCIA Profa Dra Maria Beatriz Martins Linhares Professora Associada

Leia mais

SAUDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL. Profa. Keila Ribeiro

SAUDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL. Profa. Keila Ribeiro SAUDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL Profa. Keila Ribeiro Conceitos Saúde Mental Transtorno Mental Descrições de Transtornos Mentais mais frequentes O que é o exame mental? Saúde Mental o sujeito deve... Compreender

Leia mais

INDICADORES DE BEM-ESTAR SUBJETIVO E QUALIDADE DE VIDA EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA

INDICADORES DE BEM-ESTAR SUBJETIVO E QUALIDADE DE VIDA EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA 1 INDICADORES DE BEM-ESTAR SUBJETIVO E QUALIDADE DE VIDA EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA EMANUELA MARIA POSSIDÔNIO DE SOUSA BEATRIZ TEIXEIRA PARENTE LIMA GARLANA LEMOS DE SOUSA GRACY JÉSSICA MOURA DE OLIVEIRA

Leia mais

Nossas 12 Vulnerabilidades:

Nossas 12 Vulnerabilidades: Nossas 12 Vulnerabilidades: Separei abaixo algumas vulnerabilidades propriamente humanas, leia e observe quantas delas incomodam você: 1ª Frustração: Frustração é o que você sente quando diz: Não suporto

Leia mais

7 segredos para gerir o estresse no trabalho (sem surtar)

7 segredos para gerir o estresse no trabalho (sem surtar) 7 segredos para gerir o estresse no trabalho (sem surtar) Por / Cláudia Gasparini Mulher irritada: sete em cada dez brasileiros sofrem com sequelas do estresse Dependendo da dose, o estresse pode ser um

Leia mais

FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL

FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL Aluno: Matrícula: Curso: Unidade de Estudo: Data Prova: / / FUNDAMENTOS BÁSICOS E TEORIA EM SAÚDE MENTAL AVP MÉDIA 1 A B C D 2 A B C D 3 A B C D 4 A B C D 5

Leia mais

Questão 1: Habitualmente no seu caso em que consiste um processo de aconselhamento psicológico?

Questão 1: Habitualmente no seu caso em que consiste um processo de aconselhamento psicológico? Questão 1: Habitualmente no seu caso em que consiste um processo de psicológico? Procuro fazer o enquadrament o do paciente tentando identificar os seus problemas Através da psicanálise tento perceber

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental TEMAS Psicopatologia geral. Transtornos psicológicos, cognitivos, relacionados ao uso

Leia mais

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.com.br Transtornos Ansiosos (TA)

Leia mais

Apresentação dos resultados dos estudos preliminares

Apresentação dos resultados dos estudos preliminares Apresentação dos resultados dos estudos preliminares Estudo Parentalidadee ansiedade em crianças em idade escolar A. I. F. Pereira (Inv. Responsável) Centro de Investigação em Psicologia da Universidade

Leia mais

Dependência Química Transtorno por Uso de Substâncias Por Silvia Tavares Cabral

Dependência Química Transtorno por Uso de Substâncias Por Silvia Tavares Cabral Dependência Química Transtorno por Uso de Substâncias Por Silvia Tavares Cabral A característica essencial por uso de substâncias consiste na presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais

Leia mais